14 de outubro de 2011
Chéri à Paris: Pílulas
Essa região do Rio, apelidei de “shopping da ziquizira”: com tantas farmácias, você se pergunta: é normal ter boa saúde?
Por Daniel Cariello, de Chéri à Paris
A menos de dez minutos a pé da minha casa tem seis livrarias e cento e vinte cafés (desde a última contagem, há quinze dias, mas é possível que já haja uns dois ou três novos). Isso é reflexo de um dos programas preferidos dos parisienses: abrir um livro em uma mesa de um café – de preferência na varanda, se o clima for favorável – e ficar ali horas a fio, lendo compenetradamente, pensando na vida.
Nesse mesmo perímetro tem também três farmácias, que são pequenas, fecham aos domingos e vendem… medicamentos. E apenas medicamentos.
Tô contando isso porque na semana passada visitei o Rio de Janeiro e, precisando comprar dois livros, dirigi-me à minha livraria preferida, a Letras &Expressões, em Ipanema. Um lugar que me acostumei a frequentar, pois era também um ponto de encontro, com uma casa de shows e um restaurante simpático.
Era. Porque agora virou farmácia. Ou melhor, vai virar, já que está em obras.
A drogaria que vai abrir no lugar da Letras & Expressões fica exatamente em frente a uma outra, enorme, e a cinco minutos a pé de outras noventa e três (ou já seriam noventa e quatro?). Essa região, eu apelidei de “shopping da ziquizira”, pois com tantas farmácias você começa a se perguntar se é normal estar em boa saúde. Aí conclui que não. E entra em uma delas pra comprar um “remedinho pra curar essa coisa estranha que tá me dando hoje, sabe?”.
Então sai com um carregamento que “vai te fazer sentir melhor, seja lá o que você tenha, bastando tomar duas cápsulas desse aqui e três glóbulos daquele ali antes do jantar”. E já que está em uma farmácia brasileira, você aproveita para levar para casa duas coca-colas, uma lata de sorvete e três pacotes de biscoito de polvilho. Afinal, os shoppings da ziquizira espalhados por aí te vendem a cura, mas também a garantia da sua breve volta ao estabelecimento.
Ao dar de cara com a enorme placa que dizia “Em breve, para a sua comodidade, mais uma farmácia do grupo X”, fiquei pensando que ao invés de tantos comprimidos deveríamos era tomar mais pílulas literárias, de preferência sentados em um café por longas horas. Talvez assim desocupemos a cabeça desse tanto de doença que a gente adora inventar.
4 de outubro de 2011
Anency
Em Anency guardamos os casacos na mala e fomos aproveitar o lago da cidade, que parecia a praia de Copacabana em Domingo de Verão. A cidade mistura um centro medieval com a beleza da natureza da região, sem falar, é claro, dos restaurantes maravilhosos.
Aproveitamos a baixa altitude da região e colocamos o treino de corrida em dia, no primeiro dia corremos no sentido anti-horário do lago e no dia seguinte fizemos no sentido horário, é muito legal correr numa região em que todos praticam esporte.
Nos despedimos da Europa...
2 de outubro de 2011
Chamonix (Mont Blanc)
No caminho de St. Moritz para Genebra, fizemos uma parada estratégica em Zurique para almoçarmos e passear pela famosa rua de compras, Bahnhoftrasse.
Depois de nossa temporada nos Alpes Suíços, fomos para Genebra encontrar com a Carol, irmã da Ju, e o Renato e de lá fomos rumo a Chamonix, cidade que dorme aos pés do Mont Blanc. A cidade é imperdível, localizada a menos de 2 horas de Genebra, tem várias trilhas bem sinalizadas e visita ao famoso Glaciar Mer de Glace, que é um exemplo vivo do processo de degelo que vem ocorrendo a cada ano. O glaciar diminui um pouco a cada ano, portanto quem quiser ve-lo deverá ir logo.
O ponto alto da cidade (com duplo sentido, por favor) é a estação de Aiguille du Midi, que fica muito próximo do pico do Mont Blanc e serve de base para os milhares de escaladores que buscam alcançar o topo da Europa (4.810 m).
Não pensem que somos esquiadores ou alpinistas. Na verdade adoramos ver belas paisagens cobertas pela neve e, se esse for o seu caso também, tenho certeza que vão adorar Chamonix.
Começamos nossa programação turística visitando a estação Aiguille du Midi onde pegamos um teleférico de duas etapas. A primeira sai do centro da cidade e em menos de 10 minutos chega ao Plan de l'Aiguille a 2.317m. O segundo teleférico, nos levou até a Aiguille du Midi a 3842 m.
O tempo estava lindo e pudemos apreciar a vista de todas as montanhas ao redor, além de poder acompanhar, lá de cima, a trilha dos escaladores rumo ao pico.
Se durante o dia os programas são todos nas montanhas, durante a noite Chamonix não deixa a desejar, oferecendo vários restaurantes agradáveis e ambientes acolhedores. Caminhar pelas ruazinhas da cidade no final da tarde e entrar nas dezenas de lojas de esporte é um programa imperdível, principlamente quando na cidade só se fala da corrida "Tour do Mont Blanc".
Nos despedimos das montanhas nevadas dos Alpes e fomos para Anecy, cidade francesa de veraneio...
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